Artes Design Informática

Artes Design Informática
Clique e Acesse Site

Blog Michael Jackson Clique na Foto e Acesse

Blog Michael Jackson Clique na Foto e Acesse
Clique na foto e Acesse Blog

José Ferreira Cabelos

José Ferreira Cabelos

Coloração dos Cabelos

OS 10 MANDAMENTOS DA COLORAÇÃO

Louro manchado, castanho alaranjado, nuance que desbota com facilidade...Sim, há mais pecados contra os fios das clientes do que se imagina nos salões afora... Para percorrer o caminho certo, conheça as regrinhas básicas rumo ao paraíso do bom atendimento. Heresia mesmo é deixar de segui-las!



Errar é humano, perdoar é divino", diz o ditado. Porém, existem erros graves o suficiente para levar a carreira de qualquer cabeleireiro para o purgatório (ou direto para o inferno, dependendo da intensidade da ira da cliente). Esses equívocos costumam acometer principalmente a sagrada cerimônia da coloração – que mulher nunca saiu de um salão se sentindo divina depois de mudar o visual com uma cor perfeita? Produtos de má qualidade, desrespeito às instruções dos fabricantes, pouco domínio da técnica, procedimentos impróprios de decapagem ou descoloração, desconhecimento de fórmulas e mix de tinturas...A lista de pecados mortais contra as madeixas não tem fim. Alguns mandamentos vindos direto do céu (ou melhor, da experiência de profissionais consagrados), entretanto, têm o poder de fazer brilhar uma verdadeiraluz divina no seu trabalho, no seu espaço de beleza e no cabelo de quem passar por suas mãos celestiais. Siga:

I Não mancharás o louro
Para a hairstylist Jô Nascimento, do espaço que leva seu nome em Limeira (SP), o fundo de clareamento é um item muito importante. “Quando clareamos um cabelo, devemos estar cientes de que será revelado o fundo de clareamento, pois cada altura de tom tem o seu fundo. Por exemplo, se estiver clareando fios na altura de 9, louro muito claro, vou ter revelado um reflexo amarelo claro como fundo. Sabendo disso, escolho uma cor que neutralize esse amarelo, como 9,2”, explica. Já Maurício Morelli, colorista da unidade paulistana do Vimax Art Hair Beauty, lembra que mechas blondie exigem cuidados redobrados por serem descoloridas e mais sensibilizadas. “Logo após a descoloração é importante tonalizar para que a cor fique equilibrada e as cutículas fechadas”, avisa. Ele diz ainda que é fundamental educar a clientela para que mantenha a cor com produtos específicos – de preferência com proteção térmica e UV – para madeixas louras.

II Não deixarás a cor alaranjada ou esverdeada
A cliente sai do salão arrasando, com o cabelo recém-colorido com o marrom da moda, e volta dias depois revoltada, já que os fios ficaram com aquele resultado típico de “água de salsicha”. Há várias explicações para isso. Uma delas, de acordo com o hairstylist Célio Faria, de Belo Horizonte, é o fato de que o alaranjado aparece devido ao desbotamento gerado pelo calor do sol, associado à umidade do ar. “Para fazer uma descoloração, precisamos do descolorante, da água oxigenada e do calor. É o que ocorre no verão, o sol gera o calor e a umidade age como a água oxigenada, em menores proporções”, afirma. Outra razão, de acordo com Jô Nascimento, é que os alaranjados também são provocados pela revelação do fundo de clareamento. E, segundo a colorista Branca di Lorenzo, do salão carioca Crystal Hair, o laranja surge quando o cabelo é muito escuro e a tintura não consegue o tom de clareamento. “Os pigmentos cinza amenizam esse efeito indesejável, mas com o tempo vão se soltando e só fica o laranja. O segredo é primeiro decapar com descolorante e depois aplicar a tintura”, ressalta a expert. Às vezes, são necessárias mais sessões de descoloração. O verde, por sua vez, pode surgir pelo excesso de contato com o cloro ou vir do uso de reflexos com pigmento azul (cinzas) em bases que estejam muito clareadas (amarelas). “Quando temos a cor amarela e ela for sobreposta pelo azul, teremos revelado a cor verde”, ensina. “Faça sempre uma pré-pigmentação vermelha, parecida com mertiolate, já que o vermelho anula o esverdeado”, diz Murilo Souza, do MG Hair Design, de São Paulo. 



OS 10 MANDAMENTOS DA COLORAÇÃO

Louro manchado, castanho alaranjado, nuance que desbota com facilidade...Sim, há mais pecados contra os fios das clientes do que se imagina nos salões afora... Para percorrer o caminho certo, conheça as regrinhas básicas rumo ao paraíso do bom atendimento. Heresia mesmo é deixar de segui-las!



III Respeitarás o tom de pele da clienteUm cabeleireiro que reza direitinho a bíblia do bom profissional sabe que nem tudo o que a cliente deseja pode se tornar viável – ou bonito. Com muito tato e delicadeza, sempre vale a pena convencê-la de que a cor do cabelo da atriz da foto que ela trouxe de referência não vai cair bem (um argumento que é tiro e queda é que ela vai parecer mais velha). Analisar o tom de pele dela e fazer sugestões pertinentes, portanto, é um mandamento importantíssimo. “Hoje em dia a personalização do trabalho é um princípio básico, porém existem algumas regrinhas que sempre vão prevalecer: tons frios sempre vão melhor para peles claras e os quentes para as mais morenas”, conta Jô Nascimento. “É claro que dentro de uma liberdade de estilos podemos fazer combinações que valorizem o visual. Um bom exemplo é o da brasileira com tez morena, amarelada, que adora exibir um louro cinza. Não é a melhor opção para esse biótipo, é óbvio, mas podemos satisfazer a cliente dando-lhe um fundo marrom (quente) e mechas ou clareamentos localizados de louros acinzentados”, completa. O expert Célio Faria aconselha marrons quentes e louro-mel para negras, que devem evitar o louro muito claro, e bases escuras e colorações avermelhadas para as orientais, que não combinam com tonalidades pastel. Já Mauricio Morelli, vencedor na categoria Colorista Revelação do 1º Prêmio CABELOS&CIA, avisa que descendentes de povos indígenas devem fugir das nuances acobreadas, pois o tom sobre tom não causa um contraste interessante. “Vale optar por marrom escuro”, pontua, e dá uma dica final: “Cores muito claras, dependendo da pele, podem criar um contraste artificial”.

IV Descolorirás na medida certa
Tempo demais ou de menos, cosméticos de má qualidade, negligência com o estado das madeixas da cliente... São vários os pecados mortais que podem ser cometidos na hora de criar mechas ou luzes. “O segredo é ter conhecimento técnico e prático, trabalhar com produtos de qualidade e fazer uma análise capilar antes do processo químico. Só assim o profissional terá condições para definir quais fórmulas vai utilizar e como chegar ao resultado desejado”, diz Mauricio Morelli. “É essencial definir a altura do tom desejado e observar o fundo de clareamento, algo imprescindível em qualquer descoloração”,
salienta Célio Faria.

V Recomendarás tratamentos e hidratações
“Todo cabelo tratado quimicamente precisa de hidratação, nutrição ou reconstrução, principalmente num país tropical como o nosso, em que o sol, o calor e as lavagens sucessivas ajudam a retirar a umidade natural dos fios”, declara Angela Carla, diretora técnica da Yellow, divisão da AlfaParf Milano. O ideal, segundo a maior parte dos especialistas, é nutrir a cabeleira no salão a cada 20 dias, em média, conforme o estado da fibra. “Um detalhe muito importante para quem colore é o uso, em casa, de linhas de xampus e condicionadores específicos para cabelos coloridos, que, entre outros benefícios trazem na sua composição antioxidantes”, explica Jô Nascimento. Um profissional que conhece bem o caminho do céu deve (e sabe) indicar para sua cliente os produtos adequados para a manutenção caseira – pelo menos uma vez por semana – do balanço, da maciez, do brilho... No salão, Mauricio Morelli recomenda para os fios louros uma sessão de cauterização a cada processo de clareamento. “Os castanhos e pretos precisam de tratamentos anti-oxidantes e com proteção da cor para garantir o brilho. A cauterização ajuda a selar as cutículas e preserva os pigmentos”, completa. Para os vermelhos, ele aconselha, além da cauterização, hidratações em casa a cada três higienizações.

VI Farás decapagem segura
A técnica específica para descolorir fios já coloridos exige uma avaliação minuciosa das condições da fibra, segundo Juha Antero, o mago das celebridades do MG Hair Design, em São Paulo. “Um bom profissional deve analisar a textura capilar, sua resistência e elasticidade, saber qual cor foi utilizada anteriormente e perguntar à cliente sobre o histórico do cabelo”, afirma. Após o estudo das madeixas, elas são divididas e aplica-se o produto descolorante – de qualidade e específico para decapagem, por favor! – mecha por mecha, deixando a raiz por último. “Decapagem é um processo químico muito forte e que exige muita atenção! Observe os fios bem de perto o tempo todo”, destaca Juha. Já Mauricio Morelli, do Vimax, tem uma dica interessante: “Sempre inicie a decapagem com o clareador específico para esse trabalho e água quente.
Dessa forma, é possível ver onde estão mais concentrados os pigmentos e onde a fibra está mais sensível”.
Heloísa Noronha




VII Conservarás a tonalidade“Num país tropical, o desbotamento das cores é algo inevitável. O ideal é que, no período entre colorações, se faça uma emulsão (pode ser com tonalizante) do reflexo que foi aplicado”, adverte Jô Nascimento. Se a cliente é adepta das escovações semanais (ou até duas vezes na semana), o hairstylist Célio Faria costu ma proteger os fios com produtos termoativados. Hidratações com cosméticos específicos a cada 20 dias também ajudam na fixação do tom. Para uso em casa, sempre é bom recomendar linhas de qualidade para cabelos coloridos, proteção térmica antes do uso da prancha ou do secador e finalizadores com proteção UV, mesmo em dias nublados.

VIII Retocarás a cada 15 dias
Esse mandamento, segundo Murilo Souza, do MG Hair Design, deve ser seguido à risca (sob pena de a alma, ou melhor, o cabelo ir para o inferno!) por profissionais cujas clientes costumam clarear mais de dois tons. Caso contrário, a raiz preta e crescente comete um pecado mortal contra o bom gosto e o bom senso. Quem tem fios castanhos-escuros, por exemplo, e aplica tintura em castanho-claro, não requer retoques tão frequentes – a partir de quatro semanas é o ideal, conforme o crescimento do cabelo. Atenção: luzes ou mechas sobre fundo escuro devem ser analisadas a dois (profissional e cliente) para determinar a freqüência de visitas ao salão.

IX Manterás o brilho a qualquer custo
“O brilho é uma luz refletida em superfície lisa, então precisamos estar com as cutículas seladas e polidas para que os raios luminosos rebatam corretamente”, teoriza Mauricio Morelli, que indica produtos termoativados. “Eles criam uma película protetora na fibra capilar que destaca a luminosidade. Para finalizar, o spray de brilho é um aliado e tanto, pois fixa partículas refletoras e criam a sensação de superfície lisa.” E fez-se a luz!

X Acertarás na repigmentação
A repigmentação é um trabalho preliminar para reconstruir a cor, bastante indicado para as louras que querem voltar à tonalidade natural ou escurecer de dois a três tons. “O ideal é repigmentar com matizes quentes, como dourado ou cobre, e jamais adotar nuances frias. Isso evita os indesejados reflexos esverdeados e chumbados”, explica Angela Carta, da Yellow. “O vermelho pode ser aplicado com água morna antes da aplicação da tintura. Dessa forma, os pigmentos são devolvidos para o cabelo antes da coloração, o que garantir a fixação da nova cor e revelação da nuance desejada”, sugere Célio Faria. “A repigmentação também é uma técnica excelente para devolver o brilho a madeixas muito desbotadas”, informa Juha Antero.

Relação transparente
Um novo vocábulo vem se tornando comum nos salões: transparência. Há, no entanto, muita gente com dúvida sobre de que se trata. Segundo o colorista-revelação do 1º Prêmio CABELOS&CIA, Mauricio Morelli, a transparência é um efeito criado quando não se fixam todos os pigmentos ou quando os pigmentos fixados não são suficientes para revelar a nova nuance. “Se isso acontece, perdemos a definição de cor”, explica. Em geral, o problema acontece em cabelos brancos por várias razões: mais de 50% de fios grisalhos, falta de base na mistura,impermeabilidade que dificulta a penetração das partículas coloridas, aplicação mal-realizada ou tempo de ação não respeitado. “Para que isso não aconteça, é necessário seguir as informações do fabricante do produto, usar na mistura uma porcentagem de base para dar maior cobertura, prestar atenção redobrada na aplicação e respeitar o tempo de ação”, informa Mauricio. “Se a transparência ocorrer por falta de pigmentação no branco, o ideal é aplicar água oxigenada nos grisalhos e secar logo em seguida. E só depois disso aplicar a coloração”, ensina Célio Faria.

Tonalize já!

Usados para reavivar o brilho do cabelo, os tonalizantes são essenciais no acabamento de serviços que envolvem descoloração e alisamentos




Diferente das colorações, que penetram no interior da fibra capilar, na camada do córtex, interagindo com a cor natural, os tonalizantes são mais suaves. Eles não contêm amônia e atuam na cutícula, que é a superfície do fio, o que significa que a cada lavagem seus pigmentos se soltam do cabelo. “Uma vantagem para clientes que desejam experimentar uma nova nuance em um curto período de tempo e querem que a cor anterior prevaleça. Vale lembrar ainda que esse tipo de produto não tem poder de clareamento. “Ou seja, ele não é oxidativo como a tintura. A nuance é retida no fio por meio de uma ação filmógena com silicones”, explica Cristiano Melo, técnico da Mac Paul.

O tonalizante permite tom sobre tom ou escurecimento e utiliza emulsão reveladora (peróxido de hidrogênio) de baixa volumagem. “Já a tintura permanente faz o clareamento e colore simultaneamente, com oxidante creme a partir de 20 volumes”, acrescenta Sandra Damas, coordenadora de educação de L'Oréal Professionnel. Enquanto as colorações são criadas para permitir alta durabilidade, a tonalização permite uma mudança mais sutil e temporária. “A coloração faz uma transformação mais extensa, alterações que podem chegar até a quatro tons, ou se for associada a uma descoloração, teremos uma mudança de até nove nuances”, diz Guilherme Alexandre Gonçalves Cardoso, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Itallian Hairtech.

Além da mudança temporária da cor, os tonalizantes também são muito usados com objetivo de trazer de volta o brilho e reavivar cores que reconhecidamente desbotam muito facilmente, como os loiros, marrons e avermelhados e, ainda, tratar os fios. “Por ter ação ácida, que fecha as escamas do cabelo enquanto hidrata, o tonalizante dá brilho. Por isso, em 100% dos cabelos que passam por processos de descoloração e coloração em meu salão, eu lanço mão da aplicação do produto a fim de finalizar o trabalho. A cor fica mais vibrante, viçosa e com uma luminosidade sem igual. Isso tem garantido um bom retorno dos clientes, que não conseguem essa qualidade final com outros serviços. Também uso amplamente o tonalizante para marmorizar e matizar”, destaca Paulo Ricardo, diretor artístico da Mix-Use.

Ao lançar mão do uso desse produto, os cabeleireiros oferecem mais cuidados à fibra capilar de suas clientes. “Por serem formulados com óleo de damasco, Ionène G e Incell, além de ceras suavizantes e verniz de alta luminosidade, os tonalizantes L'Oréal Professionnel promovem proteção, brilho e tratamento aos cabelos. Também temos nessa gama de cosméticos, o Clear, que por não ser formulado com pigmentos, confere brilho aos fios tonalizados ou naturais com a mesma cosmeticidade. Porém, é sempre bom ressaltar que cabe a cada profissional realizar um perfeito diagnóstico a fim de obter os melhores resultados”, destaca Sandra Damas.

Quando tonalizar
A colorista da Truss, Gisele Quintino, ressalta que a aplicação do tonalizante após descolorações, luzes, mechas, balayages e californianas, além de procedimentos de relaxamento e alisamento à base de guanidina, sódio e amônia, é fundamental para a manutenção do brilho e também na prevenção de alterações de tons nas lavagens. “Após todos os processos que envolvem descoloração, o cabelo fica apagado. O uso do tonalizante irá também neutralizar fundos indesejados e proteger os fios das agressões que modificam a cor dos loiros, por exemplo”, afirma Gisele. A especialista Sandra Damas acrescenta que no caso de um serviço de reflexos, a tonalização muitas vezes se faz necessária para uniformização de tonalidades ou neutralização do fundo de clareamento. “Se desejo, por exemplo, mechas em altura de 7, e preciso neutralizar o fundo alaranjado amarelo, utilizando uma nuance que contenha pigmentos acinzentados realizarei um perfeito acabamento, dando um efeito de maior neutralidade às mechas. Do mesmo modo, em um serviço de forma, com tioglicolato, consigo realçar a cor com Richesse. Esses procedimentos podem ser feitos em todos os tipos de cabelos, desde que se realize um bom diagnóstico”, observa.

Retoque de raiz
Outra situação em que o tonalizante é muito bem-vindo é no retoque de raiz. Cezar Francisco, coordenador do Departamento Técnico da Schwarzkopf Professional, lembra que quando a cliente faz o serviço periodicamente, e como desbotamento é um processo normal devido à exposição ao sol, vento, secador e prancha, neste momento é indispensável tonalizar. “A fim de igualar a cor e preservar a fibra capilar de um desgaste desnecessário”, comenta. Para manutenção da cor, esse tipo de produto pode ser aplicado entre uma sessão e outra de coloração. Também reconstrói os fios ou corrige cabelo manchado. “Pode ser usado como fundo, antes de um novo trabalho de cor ou mesmo como finalizador – para tirar o amarelo ou laranja sem interferir na cor natural, quando mechados –, ele se torna indispensável”, diz Paulo Ricardo, diretor artístico da Mix-Use.

Sionara Bandeira, coordenadora técnica da Keune Brasil, afirma que nem todos os profissionais conhecem os recursos do tonalizante. “Em geral usam só para neutralizar loiros ou em pessoas sensíveis à coloração com amônia. Talvez por desconhecer o processo e os benefícios do produto”, diz. Para Paulo Ricardo, ainda existe resistência no setor para perceber o cosmético como auxiliar na cor e na descoloração e como uma opção para cabelos que não precisam passar pela tintura. “Entender que mais tratamentos significam menos serviços no longo prazo, e resultados mais fiéis e satisfatórios, com maior retorno de clientes ao salão, é uma consciência de poucos.”
Lilian Rossetti